sonetos

S O N E T O S

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ÍNDICE (NÃO NECESSARIAMENTE NA ORDEM ALFABÉTICA)
LEITURAS APÓS O ÍNDICE
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ABROLHOS
ÁGUAS QUENTES
ALCANCE
AMOR AMARGO
AMOR AQUECIDO
AMOR NO GINGADO
AMOR PERSISTENTE
AMOR PRISIONEIRO
AMOR SEM TIMIDEZ
AMOR SOB PENAS
AMOR SOB POESIAS
APARÊNCIAS VELADAS
AREIA ESTRELADA
CADAFALSO
CADEIRA VAZIA
CARÍCIAS
CIRCUNSTÂNCIAS
DE REPENTE
DELEITES
DESTOM
DEVAGARINHO
DOIS RETRATOS
DUAS CARAS
ESTERTORES DA POESIA
ESTÍMULO
EXCITAÇÕES
FAGULHAS
FEEDBACK SEM TORPOR
FERVURA
FIM DA LINHA

FIM SEM COMEÇO
FOGO NA CASA
FOLHAS MORTAS
GOSTO
LIBERTINAGEM
LISONJAS

MALANDRA
MANHAS E ENTRANHAS
MELANCOLIA
MEUS SENTIDOS
MISANDRIA
NÃO SEI
NINGUÉM É NINGUÉM
NOBRE SENTIMENTO
NOSSO RECANTO
O LIGEIRINHO
O SABER
PALAVRAS CRUZADAS
PARNASIANOS
PONTEIROS
PONTOS CERTOS
PORTA FECHADA
QUEBRA-CABEÇAS
RESÍDUOS DA FOLIA
RETRATO DE UM POEMA
RUPTURA
SEREIA
SERPENTE

SONETO DA MADRUGADA
SONETO NO BANHO
SONETO NO ESPAÇO
SONETO PARA OS RECANTISTAS
TERRA INVADIDA
TOADAS DE PAIXÃO
VERSOS ENCOVADOS
VIAGEM SEM VOLTA
VONTADE DE COMER

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SONETO DA MADRUGADA - Por Olavo Nascimento (22/01/2021)

Minha madrugada querida,
Não me deixe adormecer,
Que a noite mal dormida,
Faça o meu poema nascer.

Não posso pegar no sono,
Sem meus versos terminar,
Poeta que sente abandono,
Precisa sua musa conquistar.

Vou deixar tudo prontinho,
Como um bilhete nas flores,
Que tanto abraçam amores.

Não vou ficar mais sozinho,
Depois que o dia clarear,
Porque seu amor vou ganhar.
 
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FIM SEM COMEÇO (Soneto) - Por Olavo Nascimento (07//12/2020 

Eu nunca gostei de terminar, 

Com algo que nem começou.
Por que não dá pra imaginar, 
O gosto frustrado dum amor. 

Você não quis me entender,
Ao dar minhas explicações,
Por deixar d'lhe satisfazer,  
Com deleites e excitações.

Com tristeza e aborrecida,  
Você mostrou a decepção,
E resolveu me dizer o não.  

Mas inda te quero querida,
Toda fogosa e com tesão,
Pra viver u'a grande paixão.

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CARÍCIAS (Soneto) - Por Olavo Nascimento (23/05/2020)
 
Carícias que chegam pelo ar,
Envolvendo a imaginação,
Nos dá toda certeza de amar,
Alguém que esquenta relação.

É tudo a vontade de querer,
Mesmo em anelos distantes,
É muita procura por prazer,
Satisfazendo dois amantes.

A saudade tem o seu gosto,
Na expressão de cada rosto,
Que abraça amores tão bem. 

São gemidos vindos pelo fio,
Que causam muitos arrepios,
Por toda excitação que vem.

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ALCANCE  - Por Olavo Nascimento (06/01/2020)


Ontem eu realizei o meu sonho,
Ao levar você pra minha cama,
Logo um poema aqui componho,
Pra lhe mostrar como se ama.

Você sempre opôs resistência,
Quando tentei me aproximar,
Mas foi por minha insistência,
Que'u consegui lhe conquistar.  

A gente se achegou acendendo,
Chamas em corpos se querendo,
Com atração e desejos demais.

Não existe nada mais sublime,
Do que criar versos que rime,
Com seus prazeres e seus ais.

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CIRCUNSTÂNCIAS - Por Olavo Nascimento (13/03/2020)

Não importa a longa distância,
Nem os nossos contratempos,
Se em qualquer circunstância,
Eu tenha você no meu tempo.

Parece até algo combinado,
Com as nossas percepções,
Quando brigas de namorados,
Procuram novas emoções.

Saudades eu sempre as tenho,
Por não haver esquecimento,
De deleites em bom momento.

Por isso agora eu venho,
Pedir você todos os dias,
Abraçando minhas poesias. 

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FERVURA - Por Olavo Nascimento (05/10/2019)

Não devo recusar tanto desejo,
De você mulher que tanto amo,
Vou cobri-la agora com beijos, 
Pra chegar a tudo que'u gamo.   

Nas suas curvas eu já deslizei,
O meu néctar você já segurou,  
É neste momento que bem sei,
Como esquentar o nosso amor. 

Vamos bagunçar nossa cama,
Com o que pedem excitações,  
Quando cresço na sua chama,  

Você me dá gozo e emoções,  
Ao mostrar-me como se ama,
Com entregas sem restrições. 

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NINGUÉM E NINGUÉM - Por Olavo Nascimento (31/01/2020)

Ninguém vai calar minha voz,
Nem o que tenho pra dizer,
Não vou querer algum algoz,
Pra perturbar o meu viver.

Ninguém vai mais me desviar,
De tudo que dela conquistei,
Nunca vou querer abandonar,
Esta mulher que tanto amei.

Ninguém vai deixar-me sozinho,
Ou levar-me pra outro caminho, 
Que não tenha jardins em flor,

Ninguém vai desligar esta luz,
Que vem de quem só me seduz,
Com seus beijos e muito amor. 

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AMOR PERSISTENTE - Por Olavo Nascimento (10/06/2019)

Nunca vou me sentir sozinho,
Mesmo sofrendo com mágoas,
No tilintar de taças de vinho,  
Me embriago com suas águas. 

Tudo muda com o seu sorriso,
No seu olhar tão encantador,
Quero que este compromisso,
Seja marcado com destemor.

Que este momento de paixão,  
De muitas entregas e perdão,
Dê o basta em nossas brigas.

Eu desejo você cada vez mais,  
Pois seu calor é forte demais, 
Para se levar com as intrigas.  

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TOADAS DE PAIXÃO - Por Olavo Nascimento (28/05/2019)  

Viver com prosas e poesias,
É como compor uma canção,
Entre a tristeza e alegrias,
A gente cativa um coração. 

Querer a brasa desse fogo,   
Que lança seu corpo amado,  
É tirar do peito desafogos,
Por viver só e abandonado.

Desejo-te de todas formas,   
Acatando ou não as normas,   
Para extasiar minha paixão.  

Bailar contigo essa melodia, 
Que tantos meus pés pedia. 
Faz explodir minha emoção. 

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O LIGEIRINHO - Por Olavo Nascimento (24/02/2019)

(Uma homenagem ao meu filho Olavo Júnior) que em janeiro de 1979, nasceu com seis meses em fase imatura e com problemas de sobrevivência. Media 34 centímetros e pesava um quilo e noventa. Ficou na incubadeira e só veio pra casa três meses depois. Teve outras sequelas e complicações de saúde na na sua infância, mas venceu esses problemas com determinação e força divina. Hoje, aos quarenta anos bem vividos em saúde plena, é o maior amigo da minha vida)
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Quarenta anos atrás vi em alerta,
A expulsão dum amado serzinho,
Sair do casulo por portas abertas, 
Chegando por aqui bem ligeirinho. 

Ele não esperou seu bom tempo, 
Para iniciar uma vida tão imatura, 
Em parto cheio de contratempos,
Mas com a fé que tanto nos cura.

Lutou tanto por sua sobrevivência,
Afastando tristes consequências,
Pela sua pressa de amor receber.

Esse filho querido de seis meses,
Que até se superou outras vezes,  
Hoje nos dá orgulho em seu viver.

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AMOR AMARGO - Por Olavo Nascimento (11/02/2019)

Minhas águas descem pelo rosto,
Com lágrimas de muita tristeza,
Poderão subir rios de desgosto,
Por falta de amor com certeza.

Você chegou e logo foi embora, 
Deixando semente de saudades,
O amor que vivi naquelas horas, 
Hoje só me causa infelicidades. 

Nunca mais quero pensar nisso,
Nem no frustrado compromisso,
Que você pediu e tanto insistiu.

Preciso velejar em outros mares,
Levar meu amor pra outros ares,
Para esquecer tudo que me feriu.

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FEEDBACK SEM TORPOR - Por Olavo Nascimento (12/12/2018)

Ainda bem que se atreveste,
A cometer o crime de amor.
Para mim é um grande teste,
Que poderá ter o seu valor.

Venha cantar no meu jardim,
Traga consigo todas flores,
Quero-te bem perto de mim,
Pra perceber nossos olores.

Quero deixar neste soneto,
A ternura que logo prometo,
Para lhe conquistar de vez.

Você até pode enlouquecer,
Ao querer-me no alvorecer,
Mas vou adorar sua avidez.

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ESTÍMULO - Por Olavo Nascimento (30/11/2018)

A realidade para um poeta,
São os sonhos adormecidos,
Com a sua mulher predileta,  
Trazendo versos aquecidos.

Meus poemas têm a insônia, 
Pra clarear as madrugadas, 
Chegam em luz e cerimônia, 
Para cortejar a sua amada. 

A noite traz desejo de você, 
Com tanta entrega e prazer.
Através do sonho que sonhei.

Agora encontrei minha musa,
Que passa a ser uma reclusa,
De versos por onde lhe amei. 

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FOLHAS MORTAS (Soneto) - por Olavo Nascimento (30/07/2018)

Folhas mortas caídas ao chão,
Mostraram um tempo outonal,
Trazendo desejo com emoção, 
Para esquentar amor sensual.

Sentados no banco de jardim,
Venero o verde do seu olhar,
O tom de seus lábios carmim, 
Que chegam pra aconchegar. 

Quero aproveitar o momento,
Pra esquecer meus lamentos,
Por não conquistá-la um dia.

Hoje vou colocá-la em versos,
Acordar de sonhos imersos,
E fazer de ti a minha poesia.

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PONTEIROS - por Olavo Nascimento (26/06/20'8)

Dias que batem a cada hora, 
Rodam no relógio suas setas,
Chegam cedo e vão embora, 
Pra mostrar vidas incertas.

Dias que clareia e escurece,
Alternando o sol com o luar,
Numa mágica que me aquece,
Pra entrar na onda do amar.

A poesia que agora eu crio,
Pra esquecer o tempo frio,
Quer usar o seu cobertor.

Quero você bem quentinha,
Dizendo que és toda minha, 
Com carinhos e muito amor. 

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MEUS SENTIDOS - por Olavo Nascimento (04/06/2018)

Quanto mais eu te vejo,
Mais te quero enxergar,
Quanto mais eu lhe beijo,
Mais eu quero lhe beijar,

Quanto mais eu lhe ouço,
Mais eu quero lhe escutar,
Quanto mais eu lhe toco,
Mais eu quero lhe tocar.

Quanto mais eu lhe chamo,
Por esse amor que inflamo, 
Mais contigo eu quero estar.

Quanto mais nos entregamos,
Quanto mais nos adoramos,
Muito mais eu quero te amar.

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FAGULHAS - por Olavo Nascimento (21/05/2018)

O fogo que chegou com ardor,
Nos deixou grandes  fagulhas,
Para lembrar todo esse amor,
Que nos aflige como agulhas.

Sua partida acarreou tristeza,
Plantada em minha saudade,
Mas ainda mantenho certeza,
De conviver minha felicidade.

Seus beijos não saem daqui, 
Extasiando lábios molhados,
De momentos bem amados.

Tudo que sempre senti por ti,
Está dentro no meu coração,
Querendo uma nova canção.

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NOSSO RECANTO - por Olavo Nascimento (10/05/2018)
Inspirado no  site Recanto das Letras

O que encontro nesse Recanto,
Além dessa gente interessante,
São versos provocando cantos,
Entre inspirações incessantes.

Poetas, contistas e escritores,
Colocam suas ideias pra fora,
Falando da vida e dos amores,
Pra quem gosta disso e adora.

Por aqui se vê Joões e Marias,
Rosas, Fernandos e Madalenas,
Trovadores e cordéis todo dia.

Por aqui se vê Joanas e Josés,
Escrevendo sob as suas penas,
Para mostrar talentos com fé.

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LIBERTINAGEM - por Olavo Nascimento (15/04/2018)

Quero encontrar sua pele sedosa,
Eriçada, cheirosa e bem aquecida,
Como toda mulher bela e gostosa,
Pronta pra ser tocada e seduzida.

Quero você caindo na minha rede,
Se entregando com gana pra mim,
Carente e subindo pelas paredes,
Provocando seu prazer até o fim.

Quero você em cima do meu falo, 
Cavalgando como num bel cavalo, 
Que dispara e chega em primeiro. 

Quero você gemendo com ais-ais,
Buscando seu gozo pedindo mais, 
Na transa desse amor por inteiro. 

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AMOR NO GINGADO - Soneto - por Olavo Nascimento (05/03/2018)

Eu não sou tão bom de dança,
Não sei jogar os dois pra lá,
E posso fazer uma lambança,
Ao colocar o meu pé pra cá.

Mas este seu corpo sensual,
Neste vermelho que alucina,
Faz com que eu ache normal,
Um gingado que me fascina.

Você fez crescer o meu ego,
Com sua ginga que não nego,
Foi nosso ponto de partida.

Vamos então rodopiar a sós,
Trazer este amor para nós,
Gingando bem a nossa vida.

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MALANDRA - Soneto - por Olavo Nascimento (02/03/2018)

Chega pra cá beleza morena,
Quero seguir seus meandros, 
Entrar na sua onda em cena,  
Cantando seu funk malandro.

Quero neste palco me jogar, 
Sentir seu corpo bem suado,
Mostrando desejo pra amar,
Na cadência do seu gingado. 

Sua dança cheia de malícia,
Leva-nos a pensar a delícia, 
Que deve ser você amando.

Não quero perder o sonho,
Dum soneto que componho, 
Com versos lhe namorando. 

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ESTERTORES DA POESIA (Soneto) - por Olavo Nascimento (27/02/2018)

Minha poesia anda estressada,
Sem entender que versos faz,
Não quer saber de mais nada,
Desde quando eu perdi a paz.

Meus versos estão sem graça, 
Por não encontrar inspiração,
Por perder quem lhe abraça,
Com tanto amor e excitação.

Ela bem sabe que este poeta,
Deseja a cadência bem certa,
Pra não fugir da sua sintonia.

Ela bem sabe que seu carinho,
É que dá calor pra esse ninho, 
Alimentando poemas todo dia.

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PARNASIANOS - por Olavo Nascimento (23/02/2018)

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INSPIRADO EM FOTO DA TRÍADE PARNASIANA DOS POETAS
ALBERTO OLIVEIRA, RAIMUNDO CORREIA E OLAVO BILAC
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Aí está a nobre Tríade Parnasiana,
Valorizando a estética e perfeição,
Curtindo cada realidade cotidiana,
Renegando o romantismo e emoção.

Bilac conversava com suas estrelas,
Raimundo versou Primeiros Sonhos,
Alberto deixou poesias para lê-las,
Numa arte bela de versos risonhos.

Só não entendo porque os autores,
Que versam seus sonhos e amores,
Procuram ir para outra realidade.

O poeta não vive sem ter o amor,
Trazendo voz para seu cantador,
Com uma poesia real de verdade.
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N.A.: A tríade parnasiana é a forma como ficou conhecido o grupo de três poetas parnasianos brasileiros de maior destaque: Alberto Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac. O Parnasianismo é uma escola literária poética contemporânea ao Realismo e ao Naturalismo que se caracterizou pela idealização da "arte pela arte".
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DESTOM - por Olavo nascimento (10/02/2018)

Suas letras saíram do tom,
Num momento complicado,
Sem o vermelho do batom,
E sem o vestido amarelado.

Seus versos e sua escrita,
Apareceram sem sintonia, 
Trazendo grande desdita,
Pra minha saudosa poesia.

Mas essa triste situação,
Fez reviver a inspiração,
No meu jardim de flores.

Ela indica por aqui enfim, 
Livres caminhos pra mim,
Conquistar outros amores.  

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NOBRE SENTIMENTO - por Olavo Nascimento (31/01/2018)

Sentimento que nos aplaca,
Agitando nossos corações,
Não perde tempo e ataca,
Trazendo fogo e emoções.

Este é o nobre sentimento,
Tão suave como uma flor,
Que não adia seu momento,
Porque ele se chama amor.

Esteja com ele nesta vida,
Na alegria ou na tristeza,
Mantendo a sua luz acesa.

Sempre se vê alma querida,
Chegando pro nosso espaço,
Acolhendo-nos num abraço.

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AMOR SOB PENAS - por Olavo Nascimento (18/12/2017)

Ela abriu suas asas e voou,
Largando tudo e seu ninho,
Para encontrar o seu amor, 
Que tem crista no vizinho.

Ela não suportou o cantar,
Daquele galo no terreiro,
Que anunciou no clarejar, 
Que ela viesse ao poleiro. 

O despertar daquele dia,
Foi todo como ela queria,
Com esporas e sem rinha. 

Por causa da paixão bela,
A penosa fugiu da panela,
E d'uma canja de galinha.

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MELANCOLIA - por Olavo Nascimento (29/11/2017)

Vejo você espreitando à janela,
Com olhar triste e abandonado,
Sua mão descansa a face bela,
Que vem com ar amedrontado.   

Não sei ainda o que lhe aflige,
Mas desejo muito de lhe dizer,
Que meu coração ainda exige,
Entregar meu amor para você.

Sua tristeza também é a minha,
Porque a vida que a gente tinha,
Num dia infeliz tudo se acabou.

Mas eu sei que nossa saudade,
Fará retornar aquela felicidade,
Que sempre agitou esse amor.

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AMOR AQUECIDO - por Olavo Nascimento (21/11/2017)

Sentados diante da lareira,
Que aquece o nosso ninho,
A gente curtia boa maneira,
De sorver taças de vinho. 

Aquele ambiente acolhedor,
Encontrou os nossos beijos,
Abrindo asas para o amor,
Alimentar os seus desejos.

Toques com mãos aquecidas,
Provocaram nossos arrepios,
Que não chegaram pelo frio.

Nossas peles bem incontidas,
Se entregaram ao bel-prazer,
Que veio pra mim e pra você.

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DELEITES - por Olavo Nascimento (31/10/2017)

Saiu do banho toda sorridente,
Cabelos molhados em sedução,
Roupão sobre nudez evidente,
Atiçando e subindo meu tesão.

Fiquei feliz em ver sua sanha,
Para aquele momento sensual,
Porque invadir suas entranhas,
É uma gostosa transa sexual.

Avancei em seu corpo quente,
Com a fome que me extasiou,
Para satisfazer o nosso amor.

Sua porta se abre e consente,
Penetrar por dentro de você,
Colhendo gozo e bem-querer. 

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CADAFALSO - por Olavo Nascimento (13/10/2017)

Soube que você está perdida,
Por não ter minha companhia,
Batendo a cabeça nesta vida,
Ao trocar de amor a cada dia.

Você anda muito desorientada,
Por ter dado o passo em falso,
Mas eu não posso fazer nada,
Para livrá-la do seu cadafalso.

Preferiu ir atrás de promessas,
Que caem na real sem pressa,
Trazendo tristezas e decepção.

Você quis assim e não avaliou,
Como era grande o meu amor,
Que tanto agitou meu coração.

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CADEIRA VAZIA - por Olavo Nascimento (02/10/2017)

Uma cadeira bem ao meu lado,
Continua vazia e sem balançar,
Meu coração sofrendo calado,
Aguarda momentos para amar.

Sua partida foi bem recente,
Mas parece uma eternidade,
Minha saudade está latente,
Com tristeza e infelicidade.

Olho para o tempo que anda,
Que se agiganta e desanda,
Sem ligar pra minha agonia.

Sua ausência agora passou,
A fazer parte desse amor,
Que eu vivo todos os dias.

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RUPTURA - por Olavo Nascimento (22/05/2017)

Para onde você vai não sei,
Também nem quero saber,
Porque o amor que lhe dei,
Não pertence mais a você.

Tudo em nós é só tristeza,
Que nos chega a cada dia,
Viver contigo na incerteza,
Não quero mais em agonia.

Procure um outro caminho,
Pra receber o seu carinho,
Porque pra mim já acabou.

Para enganar meu coração,
Prefiro curtir uma solidão,
Esquecendo um falso amor.

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VERSOS ENCOVADOS - por Olavo Nascimento (23/06/2017)

A lápide que a terra cobrirá,
Jogará para o breu profundo,
Alguém que viveu para amar,
E que se despediu do mundo.

Seus versos serão essências,
Evaporados sem olores no ar,
Porque em sua sã consciência,
O poeta não deixou de sonhar.

Sonhos são utopias nessa vida,
Que caminham em via perdida,
Sobre calçadas com espinhos.

Pensar na natureza em cores,
Nos beijos com seus amores,
Não deixam o poeta sozinho.

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DOIS RETRATOS - por Olavo Nascimento (30/04/2017)

O meu retrato é um conto,
É uma estrofe em poesias,
Um pensamento num ponto,
Amando letras em sintonia.

O seu retrato é seu olhar,
Seu rosto abrindo sorriso,
Pra que eu possa versejar,
Sem qualquer outro aviso.

Preciso expor seu retrato,
Na estante do meu quarto,
Para trazê-la para a cama.

Quero meu sonho surreal,
Aconchegando-te na real,
Pra mostrar como se ama.

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MANHAS E ENTRANHAS - por Olavo Nascimento (20/04/2017)

Gritos, sussurros e gemidos,
São vestígios do seu prazer,
Liberando desejos contidos,
Adormecidos tanto em você.

Fico feliz por levá-la ao céu,
Plantando estrelas na cama,
Ao recolher o seu doce mel,
Num amor que nos inflama.

Gosto de ouvir suas manhas,
Ao adentrar suas entranhas,
Com suspiros pedindo mais.

Livre-se das suas carências,
Da solidão com abstinências,
Porque eu lhe quero demais.

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FIM DA LINHA - por Olavo Nascimento (10/04/2017)

Eu apenas queria entender,
Porque ainda estou com você,
Após tanto tempo de brigas,
Ciúmes, tristezas e intrigas.

Você inferniza minha vida,
Com sua neura desmedida,
Controlando meus passos,
E invadindo meus espaços.

Preciso dar um basta nisso,
Saindo desse compromisso,
Que não tem mais jeito não.

Melhor cada um ficar na sua,
Porque a verdade nua e crua,
É que não existe mais paixão.

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RESÍDUOS DA FOLIA - Por Olavo Nascimento (01/04/2017)

Nosso caso bem começou,
Naquele baile à fantasia,
E agora o que me restou,
Foi minha  triste agonia.

Muita loucura com bebidas,
Vararam pela madrugada,
Com você toda libertina,
Pedindo sexo e mais nada.

Ainda sinto o seu cheiro,
Seu corpo leve e faceiro,
E nossas roupas pelo chão.

Ainda sinto a nossa cama,
Fervendo com tanta chama,
Jogando prazer no colchão.

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AMOR SOB POESIAS  - por Olavo Nascimento (01/02/2017)

Não consigo entender o que é isso,
Que sempre me carrega até você,
Como se fosse sério compromisso,
Que não me permite lhe esquecer.

Muitas vezes amargo seu remanso,
Que só faz aumentar as saudades,
Dum coração amante em descanso,
Que só quer encontrar afinidades.

Nosso caso vive através da poesia,
Que movimenta a nossa companhia,
Entre duetos e interações enfim.

A gente precisa mais perto chegar,
Com o meu jeito enrolado de amar,
E o seu carinho que é tudo pra mim. 

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AMOR PRISIONEIRO - Por Olavo Nascimento (25/03/2017)

Ainda não ouvi a sua voz,
Nem percebi o seu cheiro,
Mas seu rosto é um algoz,
Do meu desejo prisioneiro.

Os seus olhos cor do céu,
De rara beleza brilhante,
Precisam livrar este réu,
Para tê-la como amante.

O seu sorriso encantador,
Transparece querer dizer,
Que devo chegar até você.

Mas não sei se a sua flor,
Está pronta pra hospedar,
O meu prazer ao te amar.

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AREIA ESTRELADA - por Olavo Nascimento (01/12/2016)

A nossa praia em noite de luz,
Trouxe de volta minha sereia,
Com seu amor que nos seduz,
Misturando estrelas na areia.

Menina-musa dos meus sonhos,
De trovas, de juras e poesias,
Agora confesso e aqui exponho,
Como quero você todos os dias.

Seu corpo em busca de prazer,
Banhado com as águas do mar,
Era onda que eu queria pegar.

Depois de tanto desejar você,
Só ficou para a lua enxerida,
Iluminar estrelas escondidas.

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ABROLHOS - (04/12/2015)

Senti logo em seus olhos,

A vontade de me querer,

Nascendo por abrolhos,

A flor que vem de você. 

Acompanhei seus passos,

Fui atrás porque preciso,

Esquecer meus fracassos,

E ganhar o seu sorriso.

Corri e lhe vi de perto,

Com o coração incerto,

Ansioso por aquele sim.

Foi tudo pela atração,

E com grande emoção,

Tive o seu amor enfim.

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ÁGUAS QUENTES - (24/07/2016)

Quero mergulhar em suas águas,
Tocar bem no fundo do seu ser,
Derramar um choro sem mágoas,
Com minhas sementes do prazer.

Quero ser alvo para seu enlevo,
Procure seu gozo com despudor,
Aceitando fazer tudo que devo,
Para sacramentar o nosso amor.

Quero percorrer seus caminhos,
Invadir e comandar o seu ninho,
Tomar conta do pedaço do bolo.

Quero que me segure pela boca,
Como famintos com fome louca,
Fazendo de mim o seu consolo.

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AMOR SEM TIMIDEZ - 23/11/2015

Eu sempre quis mas nunca lhe disse,

Não consegui quebrar a sua timidez,

Nem mostrar que o meu amor existe,

Para a sua indecisão e o seu talvez. 

O tempo passou correndo depressa,

Mas parecia uma ingrata eternidade,

Como o caminhar lerdo que regressa,

Com o coração batendo em saudade. 

Agora estamos aqui para nos revelar,

E estou adorando seu jeito de amar,

Com seus sussurros e muitos ais, ais.

Só penso em mantê-la aqui na cama,

Atiçando e recebendo a sua chama, 

Com você pedindo mais, mais e mais.

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APARÊNCIAS VELADAS - (23/09/2016)

Você com essa cara de santinha,

Com seu jeito calado e retraído,

Chegou pra mim leve e quietinha,

Sem revelar de onde havia saído.

Mas ao adentrar em meu quarto,

Você se achou e me surpreendeu,

Ao querer de tudo e sexo farto,

Buscando êxtases no corpo meu.

Tirou a sua roupa num rompante,

Ficou toda nua e seguiu adiante,

Procurando seu gozo como louca.

Pediu para agir como prostituta,

Para não recusar aquela conduta,

Duma bela amante como poucas.

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DE REPENTE... - (10/04/2016)

De repente ela passou por mim,
E pelo seu charme fui vencido.
De repente seu olor de jardim,
Colou elos de coração partido.

De repente seu olhar mostrou,
Que meu orgulho me desatina.
De repente todo o nosso amor,
Faz parte de uma triste sina.

De repente o alô da saudade,
Trouxe lembranças do cofre,
Guardadas em cada coração.

De repente pra uma verdade,
Existe o lado de quem sofre,
E lado de quem quer perdão.

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DEVAGARINHO - (18/04/2016)

Entrando na onde do Martinho,
Agora eu quero conquistar você,
Chegando devagar devagarinho,
Sensualizando tudo com prazer.

Quero esquentar o seu corpo nu,
Andejar entre curvas e cabelos,
Provar sua pele de norte a sul,
Atender todos os seus apelos.

Com muito cuidado e carinho,
Como se fosse o frágil cristal,
Vou protegê-la de todo o mal.

Ao chegar leve e devagarinho,
No seu ponto bem umedecido,
O nosso amor será fortalecido.


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DUAS CARAS - (17/01/2016)

Com andar elegante sem disfarce,
Quando ela chega perto da gente,
Logo se nota bem na nossa frente,
Uma bela mulher de muita classe.

Ela passa assim querendo respeito,
Com muito charme e sem mais nada,
Mostrando-se firme e comportada,
Mas na hora do amor não tem jeito.

Ela abandona seus modos de dama,
Quando pelo meu quarto extravasa,
Todos seus desejos em minha cama.

Diz querer momentos de prostituta,
Parecendo muito mais uma devassa,
Competindo por sexo numa disputa.

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EXCITAÇÕES - (05/07/2016)

Quero atirar suas vestes ao chão.
Cingir seu corpo nu com abraços,
Divagar por sua pele sem sermão,
Sem se importar com o que faço.

Quero você pedindo como louca,
Que continue toques sem parar,
Que me excite com a sua boca,
Enrijecendo a chave para entrar.

Quero minha cama desarrumada,
Marcada por gozos entre lençóis,
Provocados por momentos a sós.

Quero sentir sua porta molhada,
Umedecendo nosso sexo quente,
Enquanto liberto minha semente.

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FOGO NA CASA - (02/08/2016)

Quero invadir a sua casa,
Remexer tudo por dentro,
Atiçar fogo na sua brasa,
Enquanto eu saio e entro.

Quero ouvir o seu canto,
Enlevando prazer e som,
Recebendo com encanto,
Meu gozo no mesmo tom.

Quero dizer porque vim,
Porque amar tanto assim,
Você que me abandonou.

Quero que saiba também,
Que nunca mais ninguém.
Voltará aqui aonde estou.

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GOSTO - (26/11/2015)

Gosto do seu jeito bem maneiro,

Da graça e encanto ao se vestir.

Do seu andar gingão e faceiro,

De uma maneira que eu nunca vi.

Gosto do seu rosto leve e solto,

Dos dentes sorrindo ao chegar,

Dos seus cabelos em desenvolto,

Dançando com o vento ao luar.

Gosto da sua voz suave a sorrir,

Mostrando esperança no porvir,

E do brilho da luz do seu olhar.

Gosto do seu cheiro de pecado,

De sentir seu corpo alucinado,

Se desnudando para me amar.

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LISONJAS - (23/08/2016)

Na tentativa de conquistá-la,
De forma direta sem rodeios,
Ela interpreta na minha fala,
Traços de frágeis galanteios.

Mas se sente bem à vontade,
Quando lhe chamo de rainha,
Pedindo que a sua majestade,
Coloque este súdito na linha.

Que ela chegue com decisão,
Convencida do sublime amor,
Que lhe vem do galanteador.

Que ela acredite na emoção,
Que teremos bem juntinhos,
Ao envolvê-la com carinhos.

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MISANDRIA - (23/01/2016)

Ele até fez um poema pra ela,
Falando de todas diferenças,
Mas a moça fechava a janela,
Não dava ar de sua presença.

A idade e tendência dos dois,
Foi o maior empecilho pra ele,
Com ela deixando pra depois,
Tudo que ainda não era dele.

Mas o motivo de tanta recusa,
Era algo em segredo da musa,
Que inibe um poeta qualquer.

O paralelo virou lado comum,
Quando ela manteve o jejum,
Ao mostrar gostar de mulher.

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NÃO SEI -  (04/04/2016)

Não sei como pedir seu perdão,
Pela minha insensata aventura,
Porque a sua dor nessa traição,
Só me trouxe uma vida escura.

Não sei mais como irei viver,
Com ela tão distante de mim,
Não sei mais como posso ter,
Seus afagos de volta enfim.

Não sei aonde ela deve estar,
Sinto a falta de seus abraços,
Da sua voz cobrindo espaços.

Não sei se um dia ela voltará,
Não sei se um dia esquecerei,
Aquela mulher que tanto amei.

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O SABER - (18/03/2016)

"Aquele que não sabe e não sabe que não sabe está morto: sepulte-o.
Aquele que não sabe e sabe que não sabe é um imbecil: evite-o.
Aquele que sabe e não sabe que sabe está adormecido: acorde-o.
Aquele que sabe e sabe que sabe é um sábio: siga-o"

PROVÉRBIO CHINÊS
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A vida não acaba quando se parte,
Pra quem todo aceno desconhece,
Se não admirar a beleza das artes,
Todo o seu encanto se desvanece.

Aprender e se preparar para a luta,
Deve ser alvo de qualquer cidadão,
Persistir nos erros numa disputa,
Só pode trazer derrota e desilusão.

Dormir sobre troféus conquistados,
Não fará da gente grande vencedor,
Se não correr atrás de suas metas.

Ter certeza que se ama e é amado,
Eleva nosso coração para onde for,
A pontaria de Eros com a sua seta.

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PALAVRAS CRUZADAS - (04/09/2016)
O nosso caso avança pela vida,
Matando as palavras cruzadas,
Com as verticais mal resolvidas,
E as horizontais bem ajustadas.


Enquanto a gente briga na rua,
Discutindo no sentido vertical,
Você também me vem toda nua,
Querendo afago na horizontal.


Seus ciúmes tiram a minha paz,
Querendo dirigir meus passos,
Tomando conta do meu espaço.


Mas relevo tudo e coisas mais,
Quando você se joga na cama,
Pra provar o tanto que me ama.

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PONTOS CERTOS - (13/01/2016)

Eu sei que você muito gosta,
Do cafuné em seus cabelos,
Da chegada em suas costas,
Que eu atenda seus apelos.

Eu sei que você muito gosta,
De uma fungada no pescoço,
De lhe deixar bem disposta,
Deixando você em alvoroço.

Eu sei que você muito gosta,
Do jeitinho ousado de amar,
Quando consigo lhe excitar.

Eu sei que você muito gosta,
De tudo aceitar sem manhas,
Até tocar em suas entranhas.

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PORTA FECHADA - (17/02/2016)

Ela foi atrás de outros caminhos,
Agora pede perdão e quer voltar,
Mas acontece que no nosso ninho,
Já mora outro amor em seu lugar.

Saiu de casa sem uma despedida,
Para se envolver em louca paixão,
Não pensou em nossa vida ferida,
Nem no amargor do meu coração.

Chegou aqui com malas e tralhas,
Mas a minha porta não lhe servi,
Para que pague por suas falhas.

O meu carinho não é mais pra si,
Ela foi somente fogo em palhas,
Que me causou tempo que perdi.

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QUEBRA-CABEÇAS -  (07/10/2016)
Eu não sei mais o que devo fazer,
Pra que você se vá e me esqueça,
Porque agora desisti de entender,
Este seu jogo de quebra-cabeças.

Não estou aqui para ver e aturar,
Suas eternas mudanças de humor,
Que num momento quer terminar,
E logo depois procura meu calor.

Este jogo na sua cabeça maluca,
Acabou de fundir a minha cuca,
E apagou de vez tudo que sentia.

Agora quem não lhe quer sou eu,
Porque este seu amor já morreu,
Ao perder no seu jogo neste dia.
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RETRATO DE UM POEMA - (30/04/2016)

Hoje eu sonhei com um soneto,
Que fosse tão bem estruturado,
Com duas quadras e dois tercetos,
Pra cantar um amor adorado.

Pensei rimar beijos com desejos,
Cores com flores só para você,
Mas tudo que agora eu vejo,
É seu retrato aqui sem querer.

Não consigo em nada mais pensar,
Do que não seja a minha musa,
Como fosse alguém que acusa.

O encanto azul do seu olhar, 
Já vem junto de cada poema,
Ou até de qualquer outro tema.


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SEREIA - (19/02/2016)

Vestido branco oscilando ao vento,
Pés descalços com rastros na areia,
Sandálias na mão curtindo momento,
Nos encanta seus passos de sereia.

Cabelos soltos descem do seu rosto,
Não escondem o brilho do seu olhar,
Sol dirige uma sombra do seu posto,
No seu caminho para a beira do mar.

Ao deixar as águas e andar a esmo,
Vestido molhado nos dava o prazer,
De ver seu corpo nu por ali mesmo.

Mulher linda e sedutora fez nascer,
Desejos em querer sua pele quente,
Por baixo do seu tecido envolvente.


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SERPENTE - (08/03/2016)

Como se fosse uma serpente,
Que se rasteja pelas matas,
Caçando algo que a alimente,
Você vem aqui e me arrebata.

Aceita meu lado meio bronco,
Que tanto sei que lhe excita,
Se enrosca, sobe pelo tronco,
Entra por cima e se exercita.

Sua carência por chamegos,
Querendo meus aconchegos,
Busca explodir o seu prazer.

Seu jeito meloso e inquieto,
Com sedução e bem esperto,
Não descansa até o ponto G.

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SONETO NO BANHO -  (02/06/2016)

Depois da nossa despedida,

Entrei na ducha sem adeus,

Mas ela logo arrependida,

Socorreu os prantos meus.

Também toda nua como eu,

Em espumas e água quente,

O nosso amor ali renasceu,

Apagando mágoas da gente. 

Carícias passeando em mim,

Queriam ter o meu perdão,

Por causa de uma desilusão.

Não poderia recusar enfim,

O gozo incitado como louca,

Ao colocar-me em sua boca.

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SONETO NO ESPAÇO - (12/03/2016)

Hoje eu quero namorar a lua,
Chegar ao céu por minha rua,
Quero encontrar as estrelas,
E com seu brilho envolvê-las.

Eu quero escalar montanhas,
Junto a quem me acompanha,
Quero receber calor do sol,
Abraçar cantos de rouxinol.

Hoje preciso o ar alcançar,
Que eu não pare de sonhar,
Com você de noite e de dia.

Hoje preciso falar de amor,
Criar versos com rima e cor,
Fazer deste soneto a poesia.

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SONETO PARA OS RECANTISTAS - 31/12/2015

(Uma homenagem aos poetas e escritores do site "RECANTO DAS LETRAS")

Para os diletos amigos do Recanto,

Eu quero desejar pra todos vocês,

Muita paz, amor, saúde e encanto,

Com belas ideias no ano dezesseis.

Vamos criar estrofes em quartetos,

Escrever como se fala numa prosa,

Colocar rimas e versos em sonetos,

Fazer surgir uma poesia prazerosa.

Eu quero ver aqui no nosso espaço,

Muitas trovas, contos e mensagens,

Junto com tudo aquilo que eu faço.

Eu quero curtir sons, ecos, imagens,

Seguir na mesma direção os passos,

Que a gente caminha nessa viagem.

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TERRA INVADIDA - (26/03/2016)

Entre as flores do seu jardim,
Numa terra quente e aromada,
Procuro trazer de vez pra mim,
Todo o amor da mulher amada.

Sua pele morena me conquista,
Seus doces beijos nos ilumina,
Carinhos pedem que eu insista,
Com meus toques que a alucina.

Minha raiz com caule retesado,
Invade um solo seco e carente,
Procurando um campo fecundo.

Num canteiro cavado e irrigado,
Eu planto um prazer de semente,
Para mais uma vida neste mundo.

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VIAGEM SEM VOLTA -  (05/07/2016)

Depois de um arrastado tempo,

Como se nada tivesse ocorrido,

Você voltou a ser contratempo,

Para um amor por mim morrido.

Não basta você agora aparecer,

Querendo apagar seu passado,

Porque eu só desejo esquecer,

De ter alguém sem ser amado. 

Procure outra porta para entrar,

Que se iluda com seus beijos,

E não se importe como gostar.

Que permita os seus bordejos,

Sem ferir seu ego e bem-estar,

Quando sair pra seus sobejos.

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VONTADE DE COMER - (06/07/2016)

Sei que quando a fome aperta,
Você logo chega e me procura,
Porque ninguém mais se acerta,
Com seus desejos de aventura.

Sei muito bem como você gosta,
Do meu jeito de amar e querer,
Como deixo você bem disposta,
Quando encontro seu ponto G.

Seu apetite se entrega pra mim,
Na busca de colher seu prazer,
Com a minha vontade de comer.

O seu caso comigo não tem fim,
Porque enquanto você se refaz,
Eu sinto a falta que isso me faz

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