Os percalços de uma Conquista - VI Capítulo


TEMPO DE VER ESTRELAS




- Mas veja lá o que você vai fazer com esse rapaz. Lembre-se que uma moça de família não deve se envolver com pessoas comprometidas, nem ficar curtindo momentos prazerosos sem envolvimento sério. Alertou João preocupado com a nova situação da filha, após a triste relação carnal que acabou de ser comprovada entre ela e Alexandre.

- Tudo bem pai, não vou me esquecer disso. Aceitou Leny concordando com os conselhos de João, mas incomodada com a frase "pessoas comprometidas" que atingiu o seu peito como uma flecha atirada por Osmar.

Essas foram as últimas palavras ditas por Leny em resposta ao seu pai, após a expulsão de Alexandre e família da sua casa, por conta do desentendimento no final da manhã daquele domingo. Eles saíram, os pais de Leny acreditaram nela e a defenderam, mas a recomendação de João quanto a "pessoas comprometidas" colocou vários macaquinhos em sua cabeça.

À noite, deitada em sua cama, Leny não deixou de matutar sobre essa recomendação, simplesmente porque o grande amor da sua vida, Osmar, era exatamente uma pessoa comprometida. Como resolver isso ela não sabia, ainda mais quando confirmou pra eles que está apaixonada por um novo namorado. E pior: como iria fazer para apresentá-lo a seus pais, sabendo da dificuldade de Osmar nessa situação. "Quem sabe o próprio Osmar não encontre uma solução pra isso?" Pensou esperançosa a moça cheia de dúvidas e indecisões.

O domingo passou e a vida continuou na mesma rotina, como naquela manhã de segunda-feira do dia seguinte, quando Osmar, Leny, Gleice e demais colegas se encontraram na empresa para mais uma semana movimentada de trabalho. Os dois amantes continuaram disfarçando o seu caso, apesar da desconfiança de alguns, principalmente por parte da Gleice que conhecia motivos bem fortes para isso. Mas o dia transcorreu normalmente até o fim do expediente, quando os dois voltaram a se encontrar na carona, ansiosos por notícias da parte dele e por orientações da parte dela.

Entraram no carro, se beijaram calorosamente, seguiram viagem para as aulas e deram um tempo para conversar no estacionamento da faculdade, com Leny mostrando fragilidade e carências: - Parece que foi um século que lhe vi a última vez. Quanta saudade meu amor.

- Mas eu também sinto a sua falta. Seus beijos e carinhos estão me tirando do sério. Quero-te muito e cada vez mais. Devolveu Osmar colocando o seu coração para fora.

- Só você mesmo para me acalmar após o final de semana horrível que passei. Agradeceu Leny.

- Preciso saber o que aconteceu. O que fizeram com a minha menina? Quis saber Osmar com bastante interesse.

Leny, então, aproveitou para relatar tudo e desabafar ponto a ponto, detalhando o andamento dos fatos: a visita de Antônio na noite de sábado sem o Alexandre; a história diferente contada por este ao afirmar que ela aceitou a relação sexual; a sua irritação e a dos seus pais por repudiar a afirmação de que ele acreditava na versão do seu filho; a exigência do seu pai João para que ele trouxesse Alexandre para acareação; a ida de seu pai até a casa de Alexandre, trazendo-o junto com seus pais na manhã de domingo (no dia de ontem); a falta de caráter de Alexandre negando a sua versão e confirmando a dele; o pai dele voltando a dizer que acreditava no filho, por ela ter entrado num motel com ele; a sua revolta, indignação e nervosismo por conta da covardia dele: a sua reação intempestiva ao esbofetear o rosto e esmurrar o peito do rapaz com toda a raiva do mundo e, finalmente, a expulsão de todos da sua casa, com a ameaça do meu pai para Alexandre evitar passar na frente dele e que rezasse muito para que não houvesse uma surpresa dentro de nove meses.

- Caramba! A coisa esquentou mesmo! Que final de semana pra você esquecer meu amor. Admirou-se e solidarizou-se Osmar.

- Foi angustiante mesmo. Mas o que mais me irritou foi a covardia dele. E pior ainda foi o seu pai dizer que era difícil saber quem estava falando a verdade. Concordou Leny sem esconder a sua mágoa com o com o ex-noivo.

- Infelizmente essa relação terminou dessa maneira, quando poderia ser diferente. O jeito agora é tentar esquecer e tocar a vida pra frente. Aconselhou-a Osmar.

- Mas tem algo mais que você precisa saber. Rebateu Leny, complementando: - Após Alexandre dizer a meus pais que tinha quase certeza de que eu estava com outro alguém, achei por bem confirmar quando eles me pressionaram quanto a isso.

- E você contou sobre nós? Tudo que está acontecendo? Quis saber Osmar com preocupação.
 
- Contei que era alguém da faculdade e que estava apaixonada. Não dei maiores detalhes e nem que era você. Tranqüilizou-o Leny.

- Fez bem, porque precisamos pensar sobre isso. Não quero abandoná-la nesse fogo e preciso encontrar uma solução. Tentou apaziguar Osmar.

- Ainda mais que eles pediram para apresentá-lo. Mas, por entender a nossa situação, pedi um tempo para nos conhecer melhor e ter certeza disso. Justificou Leny.

- Agiu certo. É melhor a gente procurar a maneira mais conveniente para essa apresentação. Não vou deixá-la sozinha nesse fogo. Orientou-a e encorajou-a Osmar.

- Mas o pior de tudo querido, foi meu pai chamar minha atenção para ter cuidado e não me envolver com “pessoas comprometidas”. Parece até que ele adivinhou ou está sabendo de alguma coisa sobre nós. Não sei o que fazer... Esclareceu Leny com indecisão.

- Ele não está sabendo de nada. Apenas é uma preocupação normal de pai com a sua filha. Devolveu Osmar tentando acalmá-la.

- E isso fez com quê aumentasse ainda mais o meu pensamento em você e me deixasse completamente deprimida. Estou muito nervosa e com medo do que possa acontecer. Continuou Leny com preocupação.

- Eu quero que você esqueça esse problema e deixe tudo por minha conta. Vou encontrar um jeito de resolver essa situação, de modo que fique tudo bem entre nós. Não quero vê-la mais preocupada com isso. Determinou Osmar e finalizou: - Agora vamos assistir às nossas aulas, que estamos precisando.

- Isso mesmo. O meu vestibular de meio de ano será em julho e já estamos no mês de abril. Preciso atualizar meus estudos, rever algumas matérias e ser aprovada nas provas. Pretendo me formar e dar uma guinada na minha vida. Aquiesceu Leny.

- E eu tenho que repor algumas aulas para concluir o meu penúltimo período em junho. Precisamos conciliar nossos encontros com os estudos, de maneira que um não prejudique o outro. E você há de convir que, agora, devemos dar preferência à faculdade. Sugeriu Osmar.

- E o nosso namoro? Como é que fica? Rebateu de pronto Leny, preocupada com o possível distanciamento do amante, após este acabar de saber do que aconteceu com ela no seu final de semana.

- O nosso namoro vai continuar querida, porque ele me alimenta. Você é a fonte dos meus desejos e não posso ir contra a minha vontade. Entregou-se Osmar, sugerindo ainda: - Vamos continuar com nossas carícias no carro, no cinema, no parque ou em outro lugar e não deixar de nos encontrarmos em algum dia da semana. O melhor dia que tenha o período mais curto das nossas aulas.

- Foi muito bom ouvir isso meu amor. Aliviou-se Leny jogando-se em seus braços e beijando-o com fervor, aproveitando para convidá-lo: - Que tal na próxima quarta-feira? A minha última aula vai até às 20h30m.  E a sua?

- Nem tanto. Mas posso liberar a aula de estatística por já ter boa média para passar. Combinado, a gente se encontra nesse dia. Concordou Osmar abrindo e fechando a porta do carro, antes do caminho para a faculdade.

Terminada as aulas, o rapaz levou Leny pra casa e, após o beijo de despedida, Osmar pediu algo inusitado: - Leny, gostaria muito que, na quarta-feira, você viesse com aquele vestidinho lindo do outro dia.

- O que não faço por você meu amor? Aceitou Leny sem entendê-lo, antes de subir a sua rua.

Após assistirem as aulas normalmente no dia aprazado, os dois se encontraram entre beijos e amassos no carro ao fim do primeiro período de aulas. Como prometido, Leny estava com o seu vestidinho estampado em cima da pele, que esvoaçava no balançar do seu corpo numa imagem percebida, mas não vista de suas curvas sensuais. Osmar não escondeu a sua admiração pelo andar da menina e ficou completamente excitado quando, ao sentar-se no banco do carona, o seu vestido subiu mostrando suas coxas rosadas de pele macia.

- Vamos embora meu amor, para o nosso ninho. Determinou Osmar ligando o carro.

- Se soubesse como sempre aguardo esses momentos! Nem dormi direito a semana toda aguardando você. Vamos embora! Concordou Leny com alegria nos olhos.
  
Logo depois de estacionar o carro na garagem da suíte do hotel, os dois subiram e se fecharam. Leny se jogou nos braços de Osmar com beijos carinhosos e sussurrou: - Estou aqui pra você meu amor, com o vestidinho que você pediu. Faça-me feliz!

- Então venha cá e continue de pé. Pediu Osmar ao mesmo tempo em que começou a desnudá-la. 

Agarrou-a por trás, abriu os fechos das suas costas, liberou o porta-seios e deitou-a na cama com o seu vestido ainda da cintura pra baixo. Suas coxas rosadas foram tocadas por beijos e carícias, até a mão de Osmar encontrar uma "relva rasteira" por baixo da sua calcinha. O seu dedo invadiu "aquela porta" e a sua língua umedeceu os "lábios e o carocinho do seu ninho de amor". A calcinha foi arriada junto com o seu vestido e Osmar teve a seu dispor o corpinho nu e cheio de excitação daquela menina-mulher.  "Que sensação gostosa sentir o prazer de Leny por baixo do meu rosto", pensou Osmar. 

E ela suspirou, pediu mais, mais, mais e mais... - Que delícia é isso meu amor. Continue e não pare. Quero viver este prazer intenso! E Osmar continuou com suas carícias até o corpo jovem e carente da menina responder com suas contrações prazerosas e não resistir tanta excitação que a fez se afastar e pedir ao amante: - Pare meu amor... Estou muito sensível agora. Não estou aguentando mais... 

Osmar obedeceu, levantou-se em busca de um banho, mas a moça o impediu com determinação. Completamente nua, ficou de pé e começou a desnudar o rapaz segredando em seu ouvido: - Agora é a minha vez. Fique quieto. 

A moça liberou a calça e a camisa do rapaz ao mesmo tempo que levou a sua mão pra dentro da sua sunga, entrelaçando com força uma "chave" grande, grossa e quente. Seus movimentos pra cima e pra baixo fizeram Osmar gemer de prazer e implorar. - Continue meu amor, até eu espirrar o meu leite.

- Isso mesmo meu homem. Quero lavar o meu rosto com este leite gostoso. Vai! Vai! Vai! E Osmar foi. O leite derramado bateu em sua testa e escorreu pelo rosto até entrar pela sua boca, fazendo a moça pensar: "Que sabor gostoso tem isso!"

Após essa entrega e troca de momentos maravilhosos, os dois ainda se permitiram naquela noite, em mais dois instantes de carícias e satisfações de êxtases bem intensos. Foram momentos lindos que deixaram Osmar bastante relaxado e feliz, provocando em Leny o prazer de "ver estrelas" em cada gemido e virada de olhos. Foram viagens ao espaço que o corpo da moça permitiu, por total dependência daquela parte do corpo do rapaz, que só lhe fazia bem recebê-la dentro de si.

Esse "tempo de ver estrelas" nunca se arrefeceu e sempre foi incentivado com novas situações e posições que os dois se provocavam naqueles momentos. Durante dois meses, sem prejudicar os seus estudos, eles se encontraram em hotéis pelo menos um dia na semana, além das horas que se acariciavam e se tocavam dentro do carro que, também, trazia para cada um, outros "tempos de ver estrelas".

Nessa fase, como sempre, Leny mostrava-se insaciável ao sexo procurando excitações no rapaz. Passou a chamar a chave mestra de Osmar de “meu brinquedo” que ela adorava colocar em sua boca sem quaisquer constrangimentos, quando insinuava: “vamos brincar hoje?”, “este brinquedo é só meu”, “eu quero este brinquedo agora!” ou “quero pegar no seu brinquedo”.

No entanto, Osmar, por sua condição fisiológica, de vez em quando dava um freio na vontade da moça por receio de não satisfazê-la. Com muito jeito para não magoá-la, certa vez chegou a dizer que “o brinquedo dele era de armar e o dela de abrir”, o que era mais difícil pra ele mantê-lo armado a todo o momento e sem tempo para relaxar. Ela riu em gargalhadas e rebateu: “ainda bem que o meu é só de abrir, basta abrir as pernas e receber o que tanto quero”.

Nos meses de junho e julho, mesmo com a libido à flor da pele, os dois se comprometeram a dar uma segurada no envolvente namoro e passarem a se dedicar com mais afinco aos seus estudos. Osmar por conta das suas provas de final de semestre e Leny preocupada com o seu vestibular para psicologia. Mesmo assim, no dia doze de junho, sexta-feira, após mais algumas horas deliciosas de amor, antes de deixarem o hotel, Osmar a surpreendeu:- Hoje querida, é o nosso dia, dia dos namorados. E aqui está a prova do nosso amor e do nosso compromisso. Anunciou o rapaz, colocando no dedo anular da moça um anel dourado com brilhantes.

- O que é isso? Que belo! Você está me pedindo em casamento? Maravilhou-se Leny com o presente e em tom irônico.

- Não é um pedido de casamento, mas quero que não deixe de usá-lo enquanto estivermos juntos. 

- Mas o que eu digo em casa? E no trabalho. Pediu explicações Leny.

- Em casa, você diz que comprou no shopping. No trabalho, você indicará que o seu noivado não acabou com o Alexandre. Orientou-a o rapaz.

- Que loucura! Mas adorei tudo isso. Você não existe. Admirou-se Leny concluindo aos sorrisos: - Então dê um beijo e um abraço aqui em sua noiva.

O que Leny ainda não sabia, no entanto, é que Osmar, naquele mesmo dia de manhã, havia mandado entregar à sua mulher Yolanda, um ramo de flores perfumadas como sempre fazia em datas importantes para ela.  E Leny não sabia também, que aproveitando o recesso de suas aulas, Osmar havia marcado parte de suas férias no trabalho para o início do mês de julho. Seriam vinte dias corridos que ele iria passar com a sua família em Fortaleza, cuja viagem havia sido programada com antecedência. Que situação! Como ele poderia ficar longe daquela moça por tanto tempo.

Mas enquanto ele divagava com seus pensamentos, ela ainda quis saber com relação ao uso daquele anel:- Mesmo quando não estivermos juntos? Em casa e no trabalho por exemplo? 

- Sempre. Não quero que o tire do dedo. Você agora é a minha noiva. Brincou Osmar com um sorriso nos lábios, já preocupado com a notícia de sua viagem. Como ela reagiria a isso?

O rumo que este caso tomou após essa situação, será contado no próximo capítulo: "A PRIMEIRA SEMENTE”. 




6 comentários:

  1. Muito bom, Poeta Olavo. Amor proibido, mais libido, mais paixão e envolvimento, sem medir as consequências...Leitura envolvente. Parabéns!

    ResponderExcluir
  2. 15/01/17 23:38 - Deyse Felix

    Eu estava sentindo que algo iria se antepor perante os dois. E homem
    casado, mesmo que já não haja nada que o segure àquela união, está
    sempre atado. Parece filme de Almoóovar...rs

    ResponderExcluir
  3. 20/09/17 20:23 - Iolanda Pinheiro

    Fiquei triste agora, o Osmar era um herói, mas deu para esconder as
    coisas ...


    ResponderExcluir
  4. 11/12/15 15:46 - Lucineide

    Quando a gente se apaixona por alguém nada mais importa além dos
    abraços desse alguém. O amor tem esse fascínio: cega-nos para que
    possamos enxergar só o ser querido. Parabéns pela belíssima poesia.
    Obrigada pela visita e pelo comentário. Abraços poéticos!

    ResponderExcluir
  5. 4/12/15 23:14 - A folha que o vento levou

    Um texto com cenas bem sensuais..........

    ResponderExcluir
  6. 10/04/19 15:44 - António Souza

    Olá, meu amigo Poeta, tomo a liberdade de chamá-lo assim, por conta
    dos bons momentos de leitura que ando fazendo na sua escrivaninha.
    Pois bem, tô me comovendo com a Leny nas mãos desse galanteador e
    aproveitador, diria assim... as flores para a esposa mostrou realmente
    o seu lado esdruxulo; (beija Deus e abraça o diabo), mas aposto na
    força do amor, vou continuar torcendo por Leny... vamos em frente, meu
    abraço!


    ResponderExcluir

Agradecemos por registrar seu comentário