contos - BATOM VERMELHO



BATOM VERMELHO



Ao passar entre o atropelo de diversas pessoas indo e vindo naquele shopping da Barra da Tijuca, Orlando não percebeu e nem escutou alguém lhe chamar:


- Oi! Como vai?

Ele continuou o seu caminho, mas ela foi atrás e alcançou-o tocando suas costas que, ao virar-se, não pode esconder a sua alegria pela grata surpresa. - Zilda! É você? Que maravilha!

- Surpresa agradável a minha também. Está perdido por aqui? Ironizou a moça cedendo o seu rosto para o beijo de cumprimentos.

- Perdido nada. Às vezes eu venho até aqui à procura de alguns CD's de jogos e aproveito para almoçar.

- Então acabei de atrasar o seu almoço. Fique à vontade.

- Atrasou coisa nenhuma! Pelo contrário, você chegou na hora certa para almoçar comigo e me fazer companhia. 

- Que é isso meu caro! Já estava de saída quando encontrei você. 

- Mas você não pode aguardar mais um pouco para ir embora? Ou você já almoçou?

- Ainda não, apesar de ter feito um lanche logo após o trabalho e de já passarmos das 15h00m. Pretendo almoçar em casa. Ou melhor: quando chegar lá será para o jantar.

- Porque você não dispensa essa janta e vem comigo? Foi tão bom encontrá-la, que não posso deixá-la ir embora sem colocarmos o nosso papo em dia. Determinou Orlando pegando-a pela mão e levando-a, sem resistência, até o interior daquele sofisticado restaurante do shopping.

Com a moça ainda admirada pela atitude firme e decidida do rapaz, os dois se acomodaram à mesa, pediram o "couvert", as bebidas e avançaram na conversa que foi reiniciada com ela: - Quanto tempo não é mesmo, meu representante de turma! Já se passaram dez anos... Como o tempo corre... Parece que foi ontem a nossa formatura...

- Pois é... Às vezes ainda me recordo daquela solenidade que tanto estive envolvido. Foi um projeto complicado que só deu certo pelo comprometimento incansável de vários colegas da comissão e de outros alunos interessados também.

- Mas todos comentaram e elogiaram logo depois, o trabalho de vocês que foi organizado e presidido por alguém que está bem aqui comigo neste momento.

- Mas acredite, só ficamos aliviados quando a festa terminou e chegamos em casa com o sentimento do dever cumprido.

- É muito gratificante a gente sentir a nossa alma lavada, quando se consegue o objetivo de forma tão positiva como ocorreu. A festa foi um sucesso. Mas conte-me de você. O que tem feito de bom nesses anos todos.

- Muito trabalho minha querida. Aproveitei para dar uma guinada na minha vida, procurando progredir na profissão que escolhemos. Completei alguns cursos de pós-graduação, bati muito a cabeça, não desisti e hoje estou mais tranquilo. Abri um escritório de representação comercial alguns anos depois, consegui ótima carteira de clientes e sou dono do meu horário.

- Ou seja: você é o patrão de você mesmo. Sorriu a moça.

- Isso mesmo. Passo mais tempo nas ruas do que propriamente dentro do escritório. Muitos contatos e visitas importantes a clientes. Não posso deixar que me esqueçam e por isso dou sempre o ar da minha presença. Estou na minha e gosto muito.

- E a família? Como está? Lembro-me na época que você não pensava em casamento. Mudou de ideia?

- Fizeram-me mudar. É aquele negócio: alguém sempre chega de repente e sem você esperar, acaba lhe colocando na malha fina ou na teia de aranha.

- E ainda continua na teia? Ou já se livrou das garras do aracnídeo?

- Ainda continuo na teia, mas não nas garras. Das garras me livrei, mas dentro da teia continuo firme. São duas filhas pequenas e mulher dedicada que são tudo na minha vida. 

- Mesmo sem as garras? Pelo que entendi você está na teia, mas nem tanto agarrado. 

- Isso mesmo. Na teia, mas solto de vez em quando. Sempre se dá um jeito de fugir e se desgarrar.

- Hum! Entendi. Solto para suas fugidas...
                                                                                                    
- Ok! Acabei de lhe dizer que estou casado e bem casado com mulher e filhas. E você? Casou mesmo com aquele cara que ia lhe buscar na faculdade?

- O Sérgio? Sim. Casamos dois anos após a formatura e continuamos juntos até hoje. Tenho dois meninos gêmeos com sete anos e todos os cuidados de mãe que se preza.

- Parabéns pelos gêmeos. Então você caiu na teia e nas garras também?

- Sim, apesar de ainda não ter tido coragem para me livrar das garras.

- Mas você tem vontade disso? 

- E como! Não aguento mais a minha rotina de trabalho pra casa e de casa para o trabalho. O Sérgio é um homem muito bom e carinhoso, mas às vezes me irrita. Sabe aquele cara todo certinho? Todo sistemático com seus horários e afazeres? Esse cara é ele.

- Eu também passei um tempo assim, como estivesse acorrentado. Mas eu reagi e não me arrependo. Cada um tem que procurar o melhor para a sua vida, satisfazer o seu ego e buscar os prazeres que o corpo pede.

- Caramba! Que bonitas palavras! Como eu gostaria de ter essa coragem...

- É só começar... Depois tudo se encaixa normalmente.

- Mas eu nunca traí o meu marido... Cruzes! Nem quero pensar nisso...

- Eu imagino. Mas o que você não sabe, é que eu sempre tive uma caidinha por você. Você era e continua sendo uma mulher atraente. Gostei de vê-la hoje, mas estranhei não estar usando algo que sempre admirei em você.

- O que, por exemplo, meu querido? O que está faltando em mim?

- Zilda! O que você fez do seu "batom vermelho"? Era o seu ponto de referência e fazia com que se destacasse das outras meninas. Quando você chegava, todos se viravam pra ver o seu sorriso branco encantador atrás dos seus lábios da cor do fogo. Esses mesmos lábios que, infelizmente, estou vendo agora sem a maquiagem que tanto me encantava.

- Nossa! Que romântico! Está me deixando constrangida. O que você fez para não esquecer esse detalhe? 

- É que você nem imagina como esse detalhe lhe tornava uma moça muito sensual. E pelo que estou vendo, a sua boca ainda não perdeu a graça, mesmo sem esse retoque tão encantador.

- Obrigada pelo elogio, mas o batom vermelho ainda carrego comigo e uso sempre. Só estou sem ele agora porque saí às pressas do trabalho e também porque fiz um lanche antes de vir pra cá. Sempre limpo os lábios antes de comer alguma coisa.

- Então, aceite a minha dica. Não deixe de usá-lo, porque ele fica muito bem em você. 

A conversa continuou por mais algum tempo, passando por uma bacalhoada à portuguesa regada a vinho e muitas risadas de parte a parte, mostrando a inesperada e enorme descontração entre os dois. Zilda, após algumas taças de vinho, apresentava-se alegre, divertida e sem preocupação com o horário, até Orlando sugerir a saída, ao afirmar: - O garçom não aguenta mais olhar para as nossas caras. Que tal pedirmos a conta e irmos embora?

- Nossa! Como as horas agradáveis passam rápido! Vamos sim que já está tarde pra mim e ainda dependo de condução. Rebateu Zilda confessando a sua dificuldade.

- Imagina se eu vou deixar você pegar uma condução cheia há essa hora! O meu carro está logo aí do lado de fora do shopping e posso deixá-la em casa. Vamos...

- Mas você nem sabe onde eu moro! Pode ser muito distante da sua casa... Rebateu Zilda caminhando com Orlando para o estacionamento.

- Nem que a sua morada nos levasse à lua. Entre aqui e não falamos mais nisso. Aonde eu deixo você? Quis saber Orlando abrindo a porta do carro, acomodando a moça e dando partida.

- Muito distante daqui. Eu moro no Jardim Guanabara, lá dentro da Ilha do Governador. 

- Estar ao seu lado nessa viagem é um prazer pra mim. Companhia bonita e agradável que vai encurtar o caminho com a sua simpatia.

- Mas não vai se atrasar pra chegar em casa? Fica muito longe da Ilha?

- Um pouco. Moro em Botafogo, na zona sul, mas não tenho problemas com o horário.

- Bastante contramão pra você... Que transtorno!

- Falando em horário, você deve estar preocupada com o seu marido. Ele não fica no seu pé não?

- Ele foi avisado da minha ida ao shopping e sabe muito bem como as mulheres batem pernas naquele ambiente e não se cansam nunca.

- Mas é bom não arriscar... Vou tentar chegar mais rápido.

E a conversa entre os dois foi fluindo como se fosse algo que eles já curtiam no dia-a-dia. Falaram do trabalho, da família, de alguns momentos marcantes na faculdade e de anseios de cada um. A química entre os dois foi total e a simpatia que cada um já nutria pelo outro, foi reforçada naquele encontro inesperado. O colóquio foi tão animado que quase fez com que a proximidade da moradia da moça não fosse percebida. Mas ela despertou a tempo e determinou: - Vamos ficar por aqui Orlando. Estou próximo da minha casa e não quero deixar vestígios. Deixe-me logo ali, após aquele ponto de ônibus.

- Sem problemas minha querida. É melhor mesmo não se arriscar, apesar de não ter acontecido nada entre nós. Concordou o rapaz parando o veículo para ela desembarcar.

- Mas antes de você sair, eu quero lhe pedir uma coisa. Daqui a três dias será comemorado o "Dia do Comerciário" e estarei livre do trabalho. Gostaria tanto de voltar a encontrá-lo... Papo gostoso... Você é uma pessoa tão agradável...

- Mas eu gostaria muito também. Só não sei se suportaria tanto tempo. Porque não amanhã? Rebateu Orlando acariciando os cabelos da moça na escuridão das janelas fechadas do veículo.

- E porque não hoje? Surpreendeu Zilda com convicção.

- E porque não agora? Sugeriu Orlando avançando nos lábios da moça que resistiu num primeiro momento, mas que acabou retribuindo freneticamente os beijos do rapaz.

- E porque não? E é pra já! Liberou-se Zilda tocando as partes íntimas do rapaz, no mesmo instante que ele avançou em seus seios por dentro da sua blusa.

- Mas aqui não é lugar pra isso. Alguém pode ver e não devemos nos expor. Vou levá-la para um lugar mais aconchegante. Convidou Orlando se afastando da moça e dando partida no carro.

- Seja pra onde for não posso me demorar. Que lugar é esse tão aconchegante meu querido?

- Um lugar bem discreto que vai permitir a gente ficar a sós e bem à vontade. Lugar para se soltar e saciar nossos desejos. Você quer se extasiar comigo meu amor?

- Quero muito, mas estou receosa. Não sei se devo... O meu marido não merece isso. Nunca o enganei e posso me arrepender...

- Olha aqui, não vou lhe obrigar a nada. Só vai acontecer se você quiser e posso retornar ao seu ponto de ônibus agora.

- Que nada! Continuemos o caminho. Vamos e não pergunte mais nada, porque é melhor me arrepender de algo que fiz, do que me lamentar por algo que não fiz.

Os ponteiros já tinham batido as 18h30m quando o veículo passou pela recepção e se estacionou dentro da garagem daquela suíte em um hotel no início da rodovia Rio/Petrópolis.
Os dois subiram ansiosos, cheios de vontade e Orlando não deu nem tempo para ela se arrumar. Jogou-a na cama, com roupa e tudo e foi desnudando-a com volúpia e carinhos que percorriam o corpo da moça. Era um corpo esguio de mulher alta, mas com tudo bem definido em suas formas. Orlando começou a viajar naquela estrada, passando sua língua por caminhos sedosos de uma pele branca e sem estrias. Zilda entrou no clima e ela própria retirou a peça que guardava seios, oferecendo os seus sensíveis mamilos aos toques de uma boca inquieta e indecente que lhe enviava a uma viagem de carícias deliciosas.

As mãos do rapaz encontravam outros pontos carentes de carícias já há algum tempo e ela adorou essas descobertas da parte dele. A moça gemia de prazer e pedia mais carinhos quando Orlando chegou entre suas virilhas, expulsou sua calcinha, afastou bastante suas pernas e colocou o seu rosto naquele ninho do amor já bastante umedecido por dentro de uma relva rala e convidativa. Sua língua provou o gosto de um canal molhado e ela o incentivou pedindo mais e mais com gemidos e gritinhos de prazer. O gozo da moça foi total chegando após outras contrações rápidas de prazer íntimo. Um maravilhoso orgasmo que explodiu aos borbotões em meio aos gritos de uma fêmea abatida e sem forças para continuar. Ela pediu para parar, se afastou e se recolheu satisfeita cobrindo sua nudez com o lençol.

Orlando, ainda vestido, obedeceu e deitou-se ao lado do corpo aliviado e relaxado daquela mulher que se entregou aos seus caprichos. Mas ela resolveu retribuir, porque, afinal de contas, ele merecia ter a sua vez por conta de todo o prazer que ele lhe havia lhe proporcionado. As roupas do rapaz foram retiradas e jogadas ao chão, permitindo que Zilda descortinasse com admiração, um membro volumoso e duro à sua espera. Sem perda de tempo, segurou-o pelas mãos e começou a acariciá-lo, mas ao tentar colocá-lo na boca, Orlando implorou: - Coloque o seu "batom vermelho", por favor. Lambuze-o com a sua cor e faça-me ir às estrelas olhando pra mim.

E Zilda obedeceu como se fosse uma escrava do sexo, engolindo e encardindo todos os pontos daquele órgão com cabeça e duas bolas, levando Orlando ao espaço num vai e vem frenético. Era tudo que ele queria e, para não haver restrições da parte dela, segurou e prendeu a cabeça da moça, empurrando tudo até ela se engasgar com algo quente e latejante na sua garganta. Zilda sentiu desconforto, reagiu, não queria, evitou, recusou, tentou sair da situação, mas não conseguiu deixar de receber o caldo do amante escorrendo por dentro da sua boca, quando ouviu dele: - Não me decepcione. Engula tudo e não cospe fora. 

E ela atendeu o amante provando o gosto daquele líquido branco e transparente sem fazer cara de nojo, admirando-se: - Que loucura! Não estou me reconhecendo... Aonde eu vim parar? 

- Loucura bem gostosa, não acha? Não existe nada melhor do que gozar. É uma maravilha! Rebateu Orlando todo satisfeito.

- Também adorei e lhe confesso que já faz muito tempo que não sinto tanto prazer em minha vida, mesmo sendo só as preliminares. Você é muito experiente. Mas que tara é essa pelo meu "batom vermelho"? Nunca ouvi falar algo tão estranho!

- E eu lhe agradeço por satisfazer o meu ego. Sempre tive vontade de pegar essa boca maravilhosa que você tem. Boca larga e carnuda que é a sua marca registrada, pintada ou não.

- Obrigada pelo elogio e estou contente por fazer você chegar ao clímax com tanta explosão. Quase que me sufocou, mas adorei.

- Mas ainda não acabou meu amor. Quero que você me sinta dentro de você. Quero curtir este teu ninho macio e aconchegante.

- Também quero sentir tudo dentro de mim. Mas acho melhor tomarmos um banho antes para relaxar.

- Vamos sim. Esta refrega nos deixou muito suados.

Os dois entraram por baixo da ducha morna e Orlando conseguiu enfim, diante daquelas curvas livres de roupas, confirmar tudo que já havia imaginado sobre o porte escondido da moça. Zilda era uma mulher alta e corpulenta com traços avantajados e inconfundíveis, que sempre dava o ar da sua presença pela maneira como se vestia e se maquiava. Além da boca larga e carnuda com sorrisos frequentes, seu rosto afilado e bem tratado demonstrava personalidade e atitude impostas por dois olhos negros bem abertos e faiscantes. Por trás da cabeça, partindo da sua fronte logo acima do supercílio retocado, descaíam sobre seus ombros fios negros e encaracolados de cabelos sedosos, cuidadosos e bem penteados. 


Ao percorrer aquelas curvas com mãos ensaboadas, Orlando conseguiu reparar ainda, como eram fartos aqueles seios rosados na parte de cima e como era convidativa, na parte de baixo, a entrada de uma fenda umedecida por lábios salientes cercados por pelos rasteiros e quase depilados. Suas pernas finíssimas na altura das canelas subiam a partir dos tornozelos e se ampliavam harmonicamente ao encontro de duas coxas grossas e sem estrias. Era um detalhe que, certamente, iludia e confundia muita gente quando aquela mulher de trinta e poucos anos, circulava entre as pessoas balançando seus quadris com o seu andar faceiro e elegante encantando todo mundo.


Por outro lado, Zilda também teve a oportunidade de examinar mais de perto, o corpo do rapaz que ela também percorria com suas mãos. Apesar de, no início do encontro, não haver retribuído pra ele a mesma afirmação, a moça sempre admirou a simpatia constante em seu rosto de barba cerrada, além da liderança insofismável que ele exercia perante os colegas de turma na faculdade. Orlando, constatava ela naquele momento, era um mulato trigueiro bem atraente de estatura mediana, de cabelos castanhos encrespados bem rebaixados na cabeça e pelos cobrindo boa parte do seu peito em direção à pelve. Era um homem saudável e musculoso, de olhar firme e sincero perto dos seus quarenta anos, bastante interessante pelo poder de convencimento que mostrava com a sua experiência de vida e vasta cultura geral. Zilda nunca se esqueceu, apesar do longo tempo, daquela voz clara e nítida de locutor de rádio, que era o cartão-de-visitas do rapaz em suas chegadas.

O banho quente bem relaxante parecia ter sido programado para aqueles dois. Seus corpos desnudos e molhados se encontravam e se deliciavam com as massagens ensaboadas de parte a parte, excitando pontos sensíveis de cada um. A moça segurava o que podia e ele se encostava aonde ela deixava, aumentando ainda mais o clima daqueles amantes que estavam se conhecendo há tão pouco tempo. Suas bocas não paravam percorrendo peles e alvos sensíveis, realizando sonhos eróticos nunca vividos de verdade. A moça se excitou mais uma vez, fechou a água e implorou: - Vamos pra cama meu amor... Já que estou aqui, eu quero aproveitar bastante esses momentos. Faça-me feliz do jeito que eu quero.


- A sua felicidade é a minha também. Rebateu Orlando cobrindo-a com a toalha e se enxugando com a sua. 

- Chega pra cá prazer da minha vida, que já não estou aguentando tanta vontade. Pediu a moça totalmente nua estendida na cama.

- E qual é o seu jeito meu amor? Quero vê-la bem satisfeita. Ofereceu-se o rapaz. 

- Faça de mim uma prostituta de última hora. Quero ser possuída por todos os lados como uma vagabunda. Não tenha pena de mim nem acanhamento, porque hoje eu quero satisfazer esse meu ego sem-vergonha. Determinou e confessou Zilda colocando-se por cima do rapaz. 

- Então comece a agir do jeito que você gosta. Sou o seu súdito neste momento. Incentivou-a Orlando.

E Zilda foi em frente, aproveitando-se da boa receptividade do ex-colega que, com sua atitude subserviente, já planejava conquistar definitivamente aquela mulher maravilhosa. A moça se liberou por completo e provocou penetrações pela frente sentada de cócoras, enquanto sua língua percorria o peito do rapaz ou encontrava os lábios dele com beijos molhados sem batom. Com gritinhos excitantes e gemidos prazerosos, Zilda se deliciou com o seu vai-e-vem em cima daquele ponto duro e imobilizado, submetido que estava aos seus caprichos. A explosão do seu orgasmo chegou aos gritos estridentes, como se ela fosse uma gata transando e sendo invadida em cima do telhado. Palavrões e frases sem nexo ecoaram da boca da moça com satisfação, talvez desabafando e jogando pra fora, todas as rejeições, decepções, cobranças e restrições que a perseguiam e impediam a felicidade que ela acabava de ter naquele momento.

Extasiada, ofegante e com sorriso de alegria, Zilda aconchegou-se ao lado de Orlando, abraçou-o com carinho e aos beijos, confessou e se ofereceu: - Desde que aqui chegamos, você só tem me proporcionado prazeres de uma forma nunca sentida. Já tive vários orgasmos com o meu marido sem tanta excitação, mas hoje em dia ele não consegue me levar às estrelas.

- Deve ser a convivência, muitos anos juntos e tudo caiu na rotina. Rebateu Orlando tentando explicar.

- É isso mesmo. A gente faz sexo como se fosse uma obrigação entre marido e mulher e nunca por desejo de cada um. Parece coisa programada que fica muito mecânica e sem atrativos, ainda mais que o Sérgio é cheio de manias conservadoras e não aceita certos avanços e carências da minha parte.

- Das carências eu não sei, mas os seus avanços foram maravilhosos... Ironizou o rapaz.

- Então você reparou como eu estava precisando tanto desses avanços? Matei os meus desejos e levantei o meu astral. Que maravilha! Exultou a moça.

- Mas ainda estou curioso para conhecer melhor outra parte que tanto toquei em você no nosso banho. Uma parte que você evitou avanços maiores... 

- É que deve ser muito dolorido, apesar de ter adorado a brincadeira por fora. Nunca permiti, mesmo sendo incentivada por outras meninas na minha adolescência. Muitas delas deixavam ser possuídas por trás para não perder suas virgindades. 

- Mas você nunca tentou? Nunca teve vontade de conferir os prazeres contados pelas colegas?

- Em alguns namoros deixei até encostarem por perto e lambuzarem as minhas popinhas. Mas não passou disso.

- Mas hoje você não é mais adolescente, está aqui comigo e disse que queria ser possuída por todos os lados...

- Foi um desabafo e acabei colocando esse lado Junto aos outros. Mas não imaginava que ficasse tão interessado...

- Interessado demais e gostaria tanto que você cedesse... Gosto muito de ser apertado por ali.

- Mas você pode me machucar... Vamos deixar esse papo pra lá e vamos embora que já está tarde pra mim.

- Tudo bem minha querida, não vou forçá-la a nada. Mas antes de sairmos, vire-se de bruços que vou massagear suas costas.

- Só as massagens OK? Concordou a moça acomodando-se conforme o pedido do rapaz. 

Zilda nunca irá se arrepender daquelas massagens. Orlando acomodou-se por cima e atrás da amante, passando sua língua por uma pele que logo se arrepiou. A partir das carícias em sua nuca e atrás das suas orelhas, Zilda adorou se deliciar com aquele órgão molhado passeando por suas costas, a ponto de pedir para não parar. O seu pescoço era tocado ao mesmo tempo em que algo ereto, quente e latejante ficava irrequieto  entre suas nádegas e isso foi o máximo pra ela. O rapaz não parava de extasiá-la e com ela suspirando... Suspirando... E suspirando, apenas balançou a cabeça afirmativamente quando ele pediu: - Deixa eu entrar meu amor... Eu quero tanto...

Ela se abriu e se colocou de quatro como ele pediu, não sem antes implorar e determinar: -Seja carinhoso e vá devagar. Não quero deixá-lo na mão, por causa de dores e incômodos. Mas estou com muita vontade...

E o rapaz foi muito paciente, cuidadoso e prazeroso naquela primeira vez de Zilda que, apesar de ardências e dores, resistiu e sentiu algo rasgando suas entranhas bem devagarzinho, se acomodando dentro dela. As dores horríveis, mas deliciosas ao mesmo tempo, chegaram também com o desejo e a sensação de gozo na moça que, sem recuar e suportando tudo, implorou para não parar. O movimento de Orlando provocava gemidos alucinantes de Zilda e ele se extasiava com aquela toca que lhe apertava e lhe aliviada quase ao mesmo tempo, com contrações provocadas pela defesa natural do ponto atingido. Possuindo-a por trás e com suas mãos invadindo-a pela frente, Orlando trouxe pra si e levou pra ela, adoráveis momentos de sensualidade e excitação que provocaram prazeres inesquecíveis com a liberação de gozos e orgasmos. 
Aqueles momentos sensuais de prazeres tão intensos trouxeram alívio, conforto, relaxamento e descanso para os seus corpos ainda extasiados. Orlando, todo satisfeito e feliz, ainda permaneceu alguns minutos por trás da moça, anestesiando suas costas com beijos e carícias. Era uma maneira carinhosa de agradecer e se despedir daquela mulher tão envolvente, mas ela não entendeu assim e decidiu recuar para evitar nova investida do rapaz, ao determinar com atitude: - Terminou a festa meu querido! Vamos embora que já estou atrasadíssima!

- Vamos sim meu amor, não quero prejudicá-la em casa. Vamos jogar uma água rápida no corpo e sair. Sejamos rápidos. Aquiesceu o rapaz.

Os ponteiros já haviam passado das 23h00m quando o carro de Orlando ganhou a estrada ao sair daquele estabelecimento. No caminho de volta para a Ilha do Governador, os dois pouco se falaram por conta do silêncio e nervosismo da moça, que mostrou preocupação ao lamentar-se: - Caramba! Deveria ter saído mais cedo. Não é comum eu chegar tão tarde em casa!

- Fique tranquila minha querida que já vamos chegar. Não estamos tão longe assim. Vou dar uma acelerada e, se você quiser lhe deixo mais perto da sua casa. Sugeriu o rapaz tentando acalmá-la.

- Nada disso. Deixe-me no mesmo lugar de antes. Vou embarcar no ônibus, preparar-me para as cobranças e arranjar desculpas que quase sempre não convencem.

- Mas é assim mesmo? Você não avisou que iria ao shopping? Pelo que entendi, ele não se importaria...

- Ele está acostumado com os meus atrasos, mas não tanto como agora. Por não sair pra lugar nenhum, ele acha que devo fazer o mesmo. Ele tem um pequeno comércio quase ao lado da nossa casa que lhe prende muito. Nem nos finais de semana e feriados ele dá um descanso para curtir um passeio com a família. Talvez por isso, fica me controlando e querendo saber por onde eu ando.

- Que corrente hein! É horrível a gente não ter liberdade e ficar submetido a satisfações. Mas, pelo menos nesta noite, acredito que você se soltou muito bem.

- Verdade meu querido. Eu precisava dar o meu Grito do Ipiranga mesmo por poucos instantes. A minha sogra mora conosco, ajuda-nos muito nos cuidados com os meninos e afazeres de casa, mas também pega muito no meu pé. É muita pressão e cobranças que precisavam de um alívio.

- E você está aliviada meu amor? Valeu a pena esta nossa fugida? Da minha parte, foram momentos maravilhosos...

- Adorei tudo que nós passamos meu ex-colega. Mas já estou arrependida por esta traição. O Sérgio não merece...

- Mas não foi você mesma quem falou que preferia se arrepender por ter feito, do que se lamentar por não ter feito? Lembra-se?
- Isso mesmo. Pelo menos eu conheci algo e curti novas e prazerosas experiências, que lamentações não imaginariam. Preste atenção e tome cuidado ao parar que já estamos chegando. Concluiu a moça alertando-o para a parada.

- Estou encostando o carro e vou aguardar até você embarcar. Cuidado...

- Não precisa não Orlando. Não quero me expor. O ponto está bem iluminado e com bastante gente. Não há perigo nenhum. Pode ir. Rebateu Zilda às pressas, abrindo a porta e saindo do carro sem se despedir do rapaz.
O moço arrancou com o carro pela pista única da estrada, mas ao olhar imediatamente pelo retrovisor, viu a moça acenando para ele voltar. Orlando entendeu aquele sinal e retornou por um longo e demorado contorno que, infelizmente, o fez chegar tarde demais. A moça já havia partido com suas preocupações, sem pelo menos dar um beijo, dizer um alô, um adeus ou um até logo. Os dois se separaram sem deixar contatos e vestígios e era exatamente esse o motivo dos acenos da moça, cuja frustração a acompanhou em sua viagem de volta para casa. Frustração esta também sentida por Orlando pela perda daquele amor que durou tão pouco tempo, mas que já estava enchendo o seu peito de saudades inesquecíveis. Saudades que ainda permanecem por longo tempo nos pensamentos daqueles dois, acompanhadas de angústias e procura em vão de um grande amor que nunca mais voltou.











20 comentários:

  1. 11/12/2015 07:49 - ivanoterrivel
    DE POETA A CONTISTA PARABÉNS... DETALHES MARAVILHOSOS E SENSUAIS... CONHEÇO BEM A REGIÃO INCLUSIVE TODOS OS MOTEIS DA RIO PETROPOLIS... POIS TIVE PELO MENOS UMA 10 SECRETARIAS E AMIGAS DURANTE MEUS 45 ANOS ATUANDO PARA ESSA EMPRESA DO LAVA JATO PELO BRASIL... ACREDITO QUE JAMAIS ESQUECI ALGUMAS QUE NATURALMENTE TAL BATOM VERMELHO FICOU NA MINHA CUECA... OU MESMO NA GOLA DA MINHA CAMISA... MAS VALEU A PENA... MAS CONSELHOS NÃO ME FALTARAM DE QUE... NÃO SE COME A CARNE ONDE GANHAMOS O NOSSO PÃO DE CADA DIA!!!! KKKKKKKKKKKKKKKKK E NISSO DOU RAZÃO AO MEU PATRÃO... POIS FORAM AUMENTOS... E CHANTAGENS... ATÉ QUE ME SEPAREI DA PRIMEIRA... E DA SEGUNDA ESPOSA.... KKKKKKKKKKKKKKKKKKK MAS A VIDA PROMISCUA CONTINUA....KKKKKKKKKKKKKKK E VIVA A LIBERDADE!!!PARABÉNS PARCEIRO... E SOMOS HETEROS... GRAÇAS A DEUS... KKKKKKKKKKKK

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  2. 05/06/16 22:29 - xodózinha

    Sensualmente belo. Bjokas poeta

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  3. 30/03/16 21:48 - Uma Mulher Um Poema

    Romântica e linda composição. Parabéns! Abraços pra ti.

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  4. Luiza De Marillac Michel

    Sensual e todo lindo, Poeta Olavo. Boa noite para você.

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  5. Olavo! Sensualíssimo! Erótico! Faz-se uma leitura prazerosa!

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  6. Janete - 13 de julho de 2016
    Olavo!!! Maravilhosamente erótico e de uma sensualidade quase papável!!!! Belo!!! Mas o que diferencia um poeta é justamente este poder que ele tem de versejar o que ele deseja...você escreve, fala desta sensualidade, da explosão do desejo sexual, mas não sai da beleza poética!!! Amei! Parabéns! Deixei um comentário curto, porque queria falar-lhe aqui com maior liberdade de expressão. Achei que meu miniconto era erótico... mas este diálogo, não bem um diálogo, mas um miniconto... vou te mandar o meu que não tive a ousadia de publicar... mas mandarei para você ler se me permitir. Abração, caríssimo!

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  7. Janete - 13 de julho de 2016
    Por favor, em momento algum pense, nessa possibilidade de uma falta de sua parte recomendar-me lê-lo.JAMAIS! Poetas escrevem o que sentem e pensam. Até no erotismo são românticos, misturando uma sensualidade com versos, rimas, melodias...
    Portanto, lerei com prazer, qualquer texto que me enviar. Tenho outros sensuais e tenho um EXTREMAMENTE erótico que nunca publiquei. Mas, nasceu de um momento em que pensei o amor, o homem e a mulher totalmente livres de tabus e preconceitos. Acho que fazer outro, seria repetir o anterior, porque um ato de amor sempre será descrito da mesma forma. Mas, o poema sensual, revela um momento que vc descreve de forma diferente comparando momentos. No meu, é um miniconto bem ousado, sem ser vulgar. Detesto vulgaridade. Voce fala do amor, do encontro, do momento, do auge do amor, do sexo, de uma forma maravilhosa que li. Não vejo nada que eu não pudesse ler ou falar. Assim, continue comigo neste bate-papo que só me dará prazer. Se vc tem Watsap e quiser me adicionar sem te causar problemas, eu te darei meu número, se vc tiver disponibilidade para tanto. Eu não tenho problemas. Olavo, cheguei hj de viagem; fui ver amigos em Jaboticabal. Agora estou abrindo meu email e vendo seu recado. Mas, diariamente, estou com o computador aberto recebendo mensagens, até porque meu trabalho é no computador. Assim que voltar de uma reunião que tenho agora, vou visitar sua página e ler o texto recomendado. Um grande abraço! Nunca tema me ofender, porque pessoas adultas não se perdem por dúvidas, receios ou desconfiança neste sentido!

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  8. 15/07/16 06:02 - Ferreira Estêvão

    Bom dia, amigo Olavo. Um conto narrado de forma leve, focando um
    encontro que terminou de uma forma fogosa e irreprimível. Muitas vezes
    depois do pecado surge o arrependimento... Parabéns pelo inspirado
    texto.
    Grato pelas amistosas palavras, desejo-lhe um excelente final de
    semana.
    Abraço de amizade além-mar.

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  9. 01/08/16 11:25 - Gisely Poetry

    Um encontro trivial, um desejo arrebatador, um pecado instigante (pra
    quem gosta desse tipo de satisfação)... Um ardor sem pudor algum, um
    texto explícito de um desejo que passou como a visita de um
    beija-flor, rápido, sucinto, saciou-se e foi-se...sem vínculos!Sinto
    um pouco de dó de mulheres como Zilda, que com a idade que tem é
    tolida nos desejos e fantasias e não se realiza no dia-a-dia que é uma
    das coisas mais intensas da vida.É o que colore! Já Orlando é o
    inverso,bem vivido conseguiu envolver e se deleitar!!!E como vive um
    casamento aberto,tem alguma semelhança a Zilda no tocante à satisfação
    e liberação de sensações que não vivencia,me parece,não haver amor
    pleno com satisfação una.É um "bon vivant", cujo "carpe diem" se faz
    lema e "laissez- faire" o que lhe apresentar!!! Abçs amigo

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  10. 25/12/16 02:08 - Deyse Felix

    Gostei do que foi narrado e de como foi. Mas eu DUVIDO que os dois não
    irão se encontrar de novo. Partirão daquele ponto onde os dois se
    encontraram. E não demorará muito. >>> Um abraço.

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  11. 17/01/17 16:06 - Lucia Moraes

    Tudo pode acontecer quando o universo conspira a favor, mas, se o
    destino não aprouver, pelo menos ficarão as boas lembranças dos
    momentos de prazer. Bela narrativa, amigo Poeta Olavo. Bjss no
    coração.

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  12. 31/03/17 18:09 - Heloísa Mamede

    Li. Uma obediência a uma vontade irresistível de estar com o outro que
    por um longo tempo se escondeu nas nuances do passado de Zilda. Flávio
    Gikovate tem um vídeo em que ele trabalha uma questão singular: É
    possível amar duas pessoas ao mesmo tempo? Penso que todo
    relacionamento é um risco.Não existe nenhum seguro. Há que se
    cultivar, plantar e regar o amor sempre.

    Sigo lendo. Abraços

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  13. 24/02/18 18:09 - Maria Augusta da Silva Caliari

    Encontro inesperado que acabou numa gostosa cama na qual os dois se
    saciaram após longa separação,sem nada de mal acontecer.A não ser a
    chegada em casa tarde e ter de inventar uma pequena
    desculpa.Amei!Lindo final de semana e o meu carinho,menino poeta.

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  14. Um conto que prendeu a atenção do começo ao final da história. Envolvente. Um encontro inesperado, que acabou num envolvimento apaixonante. Amei. Meus cumprimentos Poeta Olavo. Um lindo final de semana. Abraços

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  15. 27/09/18 22:59 - rub levy

    Envolvente conto que percorre um dia na vida de duas pessoas casadas
    que revivem uma paixão de faculdade por longos anos reprimida.
    Parabéns e obrigado pelo comentário ao meu texto Perola Negra.

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  16. 30/10/18 16:47 - Flor de Cactos

    Quem não já desejou ou deseja um encontro assim? Amei tudo, do começo
    ao fim. Parabéns, Poeta! Um abraço.

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  17. 11/03/19 23:43 - Luiza De Marillac Michel

    Personagens calientes, em curvas sinuosas. Que show amigo, de eróticos
    refinados e deliciosos de se ler. Beijo da sua amiga Luiza.

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  18. 01/06/19 19:45 - António Souza

    Um conto erótico de altíssimo nível. Orlando velho colega e
    representante de sala encontra uma colega saudosa e cheia de vontade
    escondida, doida pra dar o seu grito do Ipiranga, o rapaz nada
    oportunista realizou seus caprichos e ao que me parece não ficou
    somente por ali... rsrsr. O batom vermelho foi apenas o elo de ligação
    - muito bom, bem narrado e cheio de detalhes.Parabéns! Orlando...
    rsrsr ou desculpe, Poeta Olavo...rsrsr

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  19. 23/06/19 00:43 - Fábio Brandão

    Excitante demais! A história é tão bem contada, que não tem como não
    terminar excitado. Imaginei a cena detalhe por detalhe. Acredito que o
    autor também se sente no lugar do personagem para a história ficar tão
    boa...Um abraço e felicidades...

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  20. 26/05/20 18:26 - Mago Erótico

    Um belo conto que dá a impressão que quem recebeu o delicioso boquete
    também escreveu este texto...rsrs...Meus parabéns...

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